sexta-feira, 26 de junho de 2009

Algumas considerações sobre a aprendizagem

Após ler alguns textos teóricos sobre a aprendizagem autônoma, me vieram alguns questionamentos e reflexões. Estamos preparados para promover tal aprendizagem? Como muitos de nós podem preparar suas aulas embasadas em teorias, se ministram uma carga horária exaustiva? Não seria muito mais fácil, para esses professores, darem continuidade a suas aulas expositivas e prontas, focalizadas no ensino, uma vez que suas classes se apresentam de forma heterogênea e os interesses são conflitantes? Como enfrentar essas barreiras?

É claro que as teorias apontam para várias perspectivas metodológicas, entretanto, o nosso maior problema ainda a ser superado é: como conciliar a teoria com a prática? Para muitos docentes que não seguem o método apostilado, ou possuem uma maior autonomia para gerenciar suas aulas e negociar com seus alunos, o caminho é menos árduo. Mas e para aquele professor de rede pública?

Tais questionamentos, ao me encurralarem, levaram-me a refletir e a formular outras perguntas que talvez contrastem com as apresentadas. Até quando os obstáculos, os contextos sociais e institucionais não se tornam maiores do que a vontade de ensinar? Será que conseguiremos desenvolver uma aprendizagem autônoma e significativa se ficarmos focalizados apenas nos obstáculos? Não podemos trabalhar com o letramento crítico utilizando o material que nos é oferecido e até mesmo aprimorá-lo? Afinal, creio que o ponto fulcral de nossa discussão é: Muitas vezes não fazemos de nossas classes verdadeiros estereótipos?

Rafaela Sanches

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